UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Estudos Literários

Aluno(a) Leonardo Vicente Vivaldo
Titulo A MÁQUINA DO MUNDO REQUEBRADA: POÉTICA, METAPOESIA E INTERTEXTUALIDADE EM GERALDO CARNEIRO
Orientador(a) Prof. Dr. Antonio Donizeti Pires
Data 30/05/2019
Resumo Resumo
A publicação de Poemas Reunidos (2010) de Geraldo Eduardo Carneiro veio para englobar os mais de 36 anos, e oito livros, de uma poesia notadamente marcada pelo bom humor e pela ironia – mas sem que tal postura impedisse a reflexão do “corpo” da poesia (como “objeto em si”; estrutura); ou mesmo da “alma” da poesia (como “voz(es)”; tradição; ruptura). Na poesia de Geraldo Carneiro, praticamente inexplorada na academia, notamos o humor e a consciência da forma (herança do concretismo) coexistindo de maneira harmoniosa com a poesia marginal, a cultura de massas e a releitura e manuseio dos clássicos, onde a necessidade de reconhecer no outro a figura do eu vai sendo revisitada a todo instante. É o caso, principalmente, de Orfeu, o protótipo do poeta por excelência; Camões, o poeta da língua; Olavo Bilac, poeta da “nossa” língua, príncipe e maldito; William Shakespeare, o bardo, gênio e mito; além de muitos outros: Homero; Dante Alighieri; Stéphane Mallarmé; Fernando Pessoa... Mesmo a marginalidade das primeiras produções de Carneiro já aponta para uma poesia onde desfila, com a mesma “ginga”, a mitologia, o canônico, a cultura de massas e o marginal (enroscados, vez ou outra, pela língua inglesa – praticamente, a segunda língua do poeta). Sendo assim, e considerando que Poemas Reunidos já é o resultado de todo um “percurso poético”, não é estranho que comecemos a supor pistas para uma poética. Algo que nada tem a ver, necessariamente, com um projeto consciente do poeta. Mas apenas a evidência de que certas marcas temático-estruturais, com o passar do tempo, acabam ficando cada vez mais nítidas e fortes – e, na verdade, dando maior consistência e coerência ao todo. Portanto, neste jogo de aparente contradição, a tradição é constantemente revisitada por Geraldo Carneiro, instituindo uma poética rica de detalhes e que, de toda maneira, pela citação de outros autores, e mesmo a autocitação, (re)cria um universo particularmente coerente e que, mais do que isso, reverbera-se harmônico – tal qual as baterias “nota 10” que enchem a avenida.
Palavras-chave: Poesia brasileira contemporânea; Tradição; Ruptura; Poética; Geraldo Carneiro.

Riassunto
Editoria Riuniti Poems (2010) Geraldo Carneiro Eduardo è venuto fino a comprendere più di 36 anni e otto libri di poesia in particolare segnate da buon umore e l'ironia - ma senza una tale presa di posizione sarebbe evitare che il riflesso del "Corpo" poesia (come "oggetto in sé"; struttura); o anche l'anima della poesia (come "voce (s)", tradizione, rottura). Nella poesia Geraldo Carneiro, praticamente inesplorato in palestra, si nota lo stato d'animo e la coscienza della forma (eredità concretismo) coesiste armoniosamente con la poesia marginali, la cultura di massa e la nuova lettura e la manipolazione del classico in cui la necessità di riconoscere il un altro la figura del sé viene rivisitata in ogni momento. Questo è in particolare il caso di Orfeo, il poeta per eccellenza; Camões, il poeta della lingua; e Olavo Bilac, poeta della "nostra" lingua, e il principe maledetto (a parte William Shakespeare, il bardo, il genio e il mito - tra molti altri: Homer, Dante Alighieri, Stéphane Mallarmé, Fernando Pessoa). Anche la marginalità delle prime produzioni Ram punta già ad una poetica in cui sfilate, con la stessa "ginga", la mitologia, il canone, la cultura di massa e il marginale (avvitata, di tanto in tanto, la lingua inglese - in pratica il seconda lingua del poeta). Pertanto, e considerando che le poesie raccolte sono già il risultato di un intero "percorso poetico", non è strano che cominciamo ad assumere indizi di una poetica. Qualcosa che non ha nulla da fare, necessariamente, con un progetto consapevole del poeta. Ma solo l'evidenza che certi segni tematici-strutturali, nel tempo, finiscono per diventare sempre più forti e, di fatto, dando maggiore consistenza e coerenza all'insieme. Quindi, in questo gioco di apparente contraddizione, la tradizione è costantemente rivisitata da Geraldo Carneiro, istituendo una ricchezza di dettagli poetico e che, in ogni caso, per la citazione di altri autori, e anche l'auto-citazioni, (ri) crea un universo particolarmente coerente e che, più di questo, si riverbera armonicamente, proprio come le "note 10" che riempiono la strada.
Parole-chiave: poesia brasiliana contemporanea; tradizione; pausa; poetica; Geraldo Carneiro.
Tipo Defesa-Doutorado
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