UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Lingüística e Língua Portuguesa

Aluno(a) Deborah dos Santos Souza Macedo
Titulo O constituinte extra-oracional Antitema no português falado do Brasil
Orientador(a)
Data 20/03/2002
Resumo Segundo Dik (1989), as funções pragmáticas especificam a categoria informacional dos constituintes em relação à amplitude comunicativa e à posição em que eles são usados. Nesta pesquisa, a função pragmática estudada é o Antitema que aparece como um pensamento ulterior à predicação, apresentando uma informação que esclarece ou modifica a predicação ou algum constituinte da mesma (DIK, 1989). Este constituinte vem tipicamente destacado da predicação por uma disjuntura ou por um contorno de entoação especial. Estabeleceu-se, portanto, como objetivo verificar que distinções gramaticalmente relevantes o português falado seleciona para investir as expressões verbais com a função pragmática de Antitema.. O universo de investigação é constituído apenas de textos falados, formado por textos retirados do Projeto da Norma Urbana Culta (NURC), constituído por diálogos assimétricos, fornecidos por informantes cultos procedentes de Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Estabeleceu-se um inquérito para cada uma das três variantes estilísticas que o compõem: EF, DID e D2. Após análise dos dados, pode-se dizer que esse constituinte se caracteriza, linearmente, por estar em posição P3; prosodicamente por possuir uma linha entonacional própria, diferente da da predicação anterior; e, discursivamente, por apresentar um pensamento ulterior à predicação, cuja função textual é esclarecer, corrigir, ou tirar a ambigüidade de uma referência anafórica.
Tipo Defesa-Doutorado

APG 2.0
Copyright 2014 (c) UNESP - Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Araraquara