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| Aluno(a) |
Daniel de Carvalho Gonçalves |
| Titulo |
O DE DOCTRINA CHRISTIANA de Santo Agostinho - Tradução e Estudo Lingüístico - Retórico |
| Orientador(a) |
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| Data |
23/05/2001 |
| Resumo |
A tese é resultado de estudos sobre uma obra de Santo Agostinho, escrita entre 397 e 427, intitulada De Doctrina christiana - A Doutrina cristã.
O trabalho de se fez em duas direções:
1. Tradução do De Doctrina christiana.
2. a. assentamento de uma possível teoria lingüístico-retórica presente na obra e comentários realizados sobre a obra.
b. A questão do destinatário.
A obra em questão se divide em quatro livros. Nos três primeiros livros, Agostinho apresenta uma síntese da teoria lingüística, com destaques para a dimensão comunicativa da linguagem. A atividade da comunicação é um processo interativo. Agostinho descreve-o como uma relação dinâmica entre o enunciador e o enunciatário. Agostinho aplica essa percepção do processo comunicativo à relação entre o auditório (universal) e o pregador religioso, fazendo desse enunciador e desse enunciatário verdadeiros interlocutores.
Partindo das considerações sobre a natureza do signo lingüístico, pretende-se, pois, chegar a um posicionamento pragmático do autor sobre diversos aspectos do processo da comunicação, como: a concepção que ele faz da relação entre o emissor e os receptores; as conseqüências dessa relação na produção do texto e como ele ensina a trabalhar os mecanismos da interação entre o pregador e o ouvinte.
Ao lado das reflexões de ordem mais teórica, encontramos outras de cunho mais prático, referentes à expressão, comumente chamada de retórica ou eloqüência.
Um primeiro aspecto na relação enunciador/enunciatário observa que o pregador deve tornar o ouvinte favoravelmente disposto, para o que concorrem precisão, clareza na expressão e verossimilhança. A isso acrescente-se a capacidade de construir estratégias argumentativas na defesa da verdade. A informação e a persuasão são dois objetivos do pregador. Todos os ramos da ciência podem ser encontrados na Escritura sagrada, daí a necessidade de o pregador ter conhecimentos sobre os animais, as plantas,
as pedras, os números, a música; as artes, a história, a astronomia, a ciência do raciocínio, essa última muito útil na arte da persuasão.
Em segundo lugar, dedico um capítulo a uma questão específica ao Doctrina christiana: a quem se destina a obra?
Com argumentação fundada no próprio texto, chego à conclusão de que o autor a escreveu para os clérigos, dando-lhes, assim, um manual de pregação. |
| Tipo |
Defesa-Doutorado |
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