UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Cristiane Marcela Pepe
Titulo Atitude de leitor e desenvolvimento profissional docente em professoras alfabetizadoras
Orientador(a)
Data 26/10/2002
Resumo Este trabalho constitui relato de pesquisa descritivo-avaliativa, realizada com o objetivo de investigar se e como permanecem, um ano depois (2001), mudanças nas atitudes como leitoras e na prática pedagógica com a leitura de 12 professoras alfabetizadoras de escola pública da cidade de Araraquara - SP, que foram alvo, durante 04 anos (1997-2000), do Projeto Integrado de Pesquisa-Ação colaborativa "Desenvolvimento profissional docente e transformações na escola" (CNPq e FAPESP/ Programa de Pesquisas Aplicadas sobre Melhoria da Escola Pública). Como parte das atividades de intervenção e formação promovidas pelo Projeto de Pesquisa-Ação colaborativa, voltadas, especificamente, para o desenvolvimento e promoção da leitura e do ensino da leitura, as professoras participaram, ainda, do Projeto "Leitura para Sempre", levado a efeito de 1998 a 2000. Em 2001, por meio de entrevistas com as professoras e de análise de materiais produzidos e/ou utilizados pelas professoras com seus alunos, procuramos identificar indícios de permanência, nessas professoras, de manifestações de atitudes/comportamentos de leitor e de compromisso com atividades sistemáticas de leitura, tanto no âmbito pessoal, quanto no âmbito profissional. Tais manifestações, por sua vez, são tomadas como evidências para avaliar repercussões dos processos de pesquisa e de formação continuada vividos pelas professoras entre 1997 e 2000. Os dados foram organizados em quadros e tabelas e analisados a partir dos conceitos de leitura, formação e desenvolvimento profissional de professores, formação e papel do professor-leitor. Os resultados obtidos permitem afirmar que a leitura faz parte da vida das professoras, embora seja uma "leitura escolarizada", isto é, marcada pelo aspecto escolar, que se constitui apenas como fonte de estudo e de tarefas escolares. Essa experiência "escolarizada" com a leitura, vivida pelas professoras ao longo de sua formação - seja como alunas do Ensino Fundamental, seja como futuras professoras - traz conseqüências profundas para suas práticas pedagógicas com a leitura em sala de aula, o que faz com que as professoras apresentem, ao longo de seus depoimentos, algumas contradições em seus relatos sobre sua forma de relacionamento com a leitura e sobre como formar novos leitores, quando confrontadas com as aprendizagens e experiências vividas ao longo do Projeto de Pesquisa-Ação colaborativa.
Alguns indícios de permanência dos processos de pesquisa e intervenção vividos pelas professoras também podem ser identificados no trabalho pedagógico com a leitura, como por exemplo, a diversificação de materiais e o estabelecimento de um horário reservado diariamente para a leitura. Finalmente, vale destacar ainda que, embora as professoras mencionem perceber que a nova forma de trabalhar com a leitura, aprendida ao longo dos processos de pesquisa e de intervenção vividos, seja positiva e "traga resultados", parte desse trabalho vem se perdendo gradativamente. A razão para isso, segundo as professoras, estaria no fato de não terem mais, na escola, profissionais que as auxiliem e orientem de forma específica.
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
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