UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Aline Michele Nascimento Augustinho
Titulo A MEMÓRIA, O GRUPO E O ATOR: LIGAÇÕES E TENSÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DO MILITANTE ESTUDANTIL DE 1968
Orientador(a) Prof Dr Angelo Del Vecchio
Data 09/06/2015
Resumo RESUMO

O objetivo deste trabalho foi o traçar uma análise que identificasse a formação do conceito de identidade do agente militante estudantil em 1968 a partir da relação de três planos: a memória, o grupo e o ator, que se intercalam e influenciam cíclica e mutuamente, ao mesmo tempo em que oferecem um quadro da dinâmica entre a sociedade, pela memória coletiva e pela criação simbólica do grupo. Buscou-se, assim, a auto identificação do ex-militante por meio da construção social da memória do movimento e da simbologia do grupo. Ao considerar o passado, o processo de construção identitária se dá em relação ao grupo e à sua percepção subjetiva. O laço com o grupo seria, estima-se, reconstruído a cada processo de reelaboração de sua memória pessoal sobre sua participação no ME. A memória como ferramenta analítica aparece em nas seguintes análises: nas produções literárias sobre 1968; nos levantamentos e investigações da repressão, expressas pelos arquivos Deops sobre a ação dos estudantes veiculados ao ME e a posterior construção simbólica do grupo como ameaça a ordem interna, e, por fim, na elaboração de quadros de memória sobre a trajetória particular. Trabalha-se, assim, com o equilíbrio da construção subjetiva que o individuo faz de si mesmo quando se vincula à memória histórica por meio de seu grupo, ao passo que a literatura e os arquivos fazem o caminho inverso: observam objetivamente um indivíduo do porquê ele fez parte daquele grupo. Nos trabalhos de rememoração, a memória, subjetiva ou construída pela literatura percorre sempre esse caminho em dois sentidos, embora em uma mesma direção. Ela fundamenta o individuo pelo grupo e o grupo pelo individuo em suas falas.

Palavras-chave: Movimento Estudantil, Ditadura Militar, Memória Coletiva, História Oral, Resistência Civil, Memória Histórica.

ABSTRACT

The objective of this study was to draw an analysis to identify the formation of the concept of identity of the student activist agent in 1968 from the three planes relationship: the memory, the group and the actor, which are inserted and influence cyclical and each other to same time offer a dynamic table between society, the collective memory and the symbolic creation of the group. We tried to thus self identification of former militant through the social construction of the movement and the group symbology memory. When considering the past, the construction of identity takes place in relation to the group and its subjective perception. The bond with the group would, it is estimated, rebuilt every reworking process your personal memory of their participation in the ME. The memory as an analytical tool appears in the following analyzes: in the literary productions of 1968; in surveys and investigations of repression, expressed by Deops files on the action of the students served the ME and the subsequent symbolic construction of the group as a threat to internal order, and finally, development of memory boards on the particular path. It shows, so, with the balance of subjective construction that the individual makes of himself when it binds to the historical memory through its group, while the literature and the files are in the opposite direction: objectively observe an individual's why he was part of that group. In remembrance of work, memory, subjective or built by literature always travel this path in both directions, although in the same direction. She founded the individual by the group and the group by the individual in their speech.

Keywords: Student Movement, Military Dictatorship, Collective Memory, Oral History, Civil Resistence, Historic Memoryrn
Tipo Defesa-Doutorado
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APG 2.0
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